Expocruz Bolívia: Hostilidade precisa ser vencida para atrair novos negócios

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Imagem: União Industrial de San Martin
Uma das maiores feiras de negócios da Bolívia pouco a pouco vem comemorando seus sucessos no país, principalmente na cidade que dá nome ao evento, Santa Cruz de La Sierra. A ExpoCruz, que está finalizando neste domingo (1/10) sua edição 2017, vem tentando se expandir para se tornar um evento não apenas a nível nacional mas com expositores internacionais. Esse ano ela deu mais um passo e conquistou uma parcela de expositores do Brasil no qual criou, inclusive, um site em português especialmente projetado para a captação de empresas brasileiras interessadas em mostrar seus produtos no mercado boliviano. 

Bolívia está mesmo preparada?

É indiscutível que a Bolívia vem crescendo em negócios e investindo em Turismo e nesse ponto a Expocruz tem tudo para ser um promissor evento que atrairá mais mercado a cada ano, porém, fica a pergunta: A Bolívia está preparada para receber bem seus turistas e empresários?

Xenofobia e choque cultural

Partindo do pressuposto da elevada xenofobia (que significa em resumo aversão a pessoas de outras nacionalidades) existente no país com pessoas estrangeiras podemos sugerir que não: a Bolívia pode não estar preparada para receber bem turistas e empresários. É indiscutível que as empresas são bem tratadas para expor seus negócios na feira, pois a proposta é tentadora. Mostrar seu produto em um país onde não foi totalmente atacado pela crise, porém, o objetivo final, se for conquistar mercados, se depender da atual situação do país, não será um bom caminho para o empresário brasileiro. E dizemos o porque. Apesar da beleza e pomposidade do evento, a Bolívia alimenta uma xenofobia exagerada por pessoas e algumas empresas de outros países. A McDonald's por exemplo, foi um caso onde um choque cultural fez a empresa trabalhar com dificuldade a chegar ao ponto de sair totalmente do país. 

Seja bem vindo, mas só na feira.

Na Feira, os expositores tem a impressão que são bem vindos, mas é só sair um pouco pela cidade e perguntar a alguém o que acha dos brasileiros, dos colombianos, peruanos, argentinos e chilenos, muitas pessoas vão dizer "Escandalosos" (Pois eles são espontâneos e reivindicam seus direitos) e/ou até outros adjetivos mais pejorativos. É só abrir os jornais locais que frequentemente saem matérias contra brasileiros e/ou pessoas do exterior. Quem lê, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, por exemplo, infere que os únicos seres que realmente são bons e não praticam nenhum delito são os da Bolívia e que o mal do país são os estrangeiros. 

Jornalista brasileiro é hostilizado na Feira

Um caso que chegou ao nosso conhecimento reflete um pouco dessa hostilidade. Um Jornalista enviado de um veículo de comunicação local passou por momentos de verdadeiro constrangimento. Informado por correio eletrônico que estava sendo "bem vindo" na feira o mesmo levou seu equipamento para realizar o seu trabalho de cobertura do evento. Junto com sua parceira ele foi ao local da Feira, em Santa Cruz de La Sierra, porém, ao chegar no local foi informado que não tinha autorização para entrar, pedindo, inclusive, para o mesmo se retirar do local. Ele mostrou todas as comprovações possíveis que estava apto a entrar no local e inclusive solicitou a presença do responsável pela imprensa do evento, o que foi negado pelo barrante. Em vários portões ele se dirigiu e a úncia resposta que ele tinha era: "Señor, estamos em feria(Em espanhol)". Ele respondia que sabia que eles estavam em "Feria" e era justamente o motivo de estar ali, que não estava pedindo favor apenas que tinha sido autorizado e que iria realizar vídeos e matérias escritas não só para um, mas para vários veículos de comunicação do Brasil, incluindo canais no Youtube e periódicos. 

Em nenhum momento foi tentado resolver a situação do jornalista, não foi demonstrado nenhum sentimento de empatia pela situação do mesmo e mais ainda não se preocuparam em chamar nenhum responsável pela imprensa para resolver o caso. Mais grave ainda, as pessoas que passavam perto do portão hostilizavam mais ainda o brasileiro pois, dada a grande xenofobia, pensavam se tratar de alguém que queria ingressar no local sem permissão, o que não era o caso e com muita educação, mesmo sendo totalmente hostilizado e maltratado o jornalista brasileiro preferiu não passar mais nenhum minuto de vergonha no país. 

BOLIVIANOS NO BRASIL

Resumidamente a xenofobia está acabando com a imagem da Bolívia na comunidade internacional. Nenhum país cresce sozinho, principalmente um país que necessita de ajuda mútua com a economia. Todos os países da América Latina possuem alguma relação econômica e diplomática, porém, podemos inferir, com base em informações de fontes que vivem na Bolívia, que aquele país é o que mais tem choque cultural, é um dos mais xenofóbicos. "Possui um potencial turístico e econômico enorme, mas não sabe tratar seus turistas", afirma uma fonte.

Realizando uma pesquisa rápida descobrimos que no Brasil há uma quantidade quase incalculável de imigrantes bolivianos. Só em São Paulo, de acordo com o Portal Terra são cerca de 200 mil imigrantes da Bolívia. Aqui no país é notória a aceitação de pessoas estrangeiras principalmente latino-americanos. Eles são bem recebidos pelos brasileiros. Bastou falar uma lingua diferente que a curiosidade em saber da cultura e conhecer melhor o imigrante aumenta. Nós brasileiros sabemos sabemos receber bem um estrangeiro. Talvez seja essa nossa vantagem, mas em comparação da forma como somos tratados na Bolívia, acredito que essa dessa mais um defeito do que qualidade.    

Nem tudo são espinhos

Embora Xenofobia seja exagerada no país o povo boliviano, uma boa parte deles, são pessoas trabalhadoras, honestas e que trabalham de domingo a domingo para conquistar seus sonhos, são pessoas que, apesar de culturamente diferentes dos brasileiros, são felizes ao seu modo. Um brasileiro que mora na Bolívia admite: 

"Os bolivianos que sabem da nossa realidade nos tratam bem, mas uma boa parte se possível fosse nos expulsaria do país e não sei o porque sou educado com todos e cumpro todas as minhas obrigações neste país, realizo altas compras e deixo minha parte para crescimento do país deles , não acho que deveria ser assim, mas é infelizmente, não sei o que fazer ". 

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