Areia e invasões às ciclovias trazem riscos aos ciclistas da Ponte Newton Navarro

Na Ponte Newton Navarro, a ferrugem se alastra pelos corrimões
Os ciclistas que passam diariamente pela Ponte Newton Navarro precisam tomar diversos cuidados, que não deveriam ser suas obrigações, se não quiserem correr o risco de se acidentarem. Um desses problemas envolve o surgimento de alguns bancos de areias nas faixas de ciclovias.

Dependendo do tipo de bicicleta utilizada, a areia pode causar quedas ou acidentes piores. O ciclista Josivan Ferreira afirmou que precisa, todos os dias, correr esse risco.

“Eu saio de casa para o trabalho e volto de bicicleta. É um eterno transtorno. Quando chove, acumula areia exorbitante. Eu tento minimizar para não tomar espaço dos carros, mas não é recíproco. A dificuldade é tão grande que tenho medo de passar e cair. É um pequeno trecho, mas até chegar ao final dele é um sacrifício”, lamentou.

Conforme o ciclista explica, o problema já é recorrente em anos. “Quando chove, a areia das ruas altas que não são calçadas, escorrem, ocupando parte do trecho da pista”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), que afirmou que, por se tratar de uma rodovia estadual (RN-302), a responsabilidade da limpeza dos bancos de areia é do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) e do Comando da Polícia Rodoviária Estadual (CPRE). O CPRE afirmou que precisaria checar se há alguma ação no sentido de prevenir novos acidentes nas ciclovias da ponte. O Detran-RN, em contrapartida, não atendeu às ligações.

Invasão às ciclovias

Outro problema corriqueiro para quem percorre de bicicleta a zona Norte em direção à zona Leste e ao litoral Sul, ou vice-versa, é a invasão de carros, ônibus e motociclistas às ciclovias.

No dia 14 de junho de 2017, a ciclista baiana Alexia Suelen Alves dos Santos Van Petten’s, de 24 anos, foi atropelada enquanto pedalava por um motociclista que invadiu a ciclovia da Ponte Newton Navarro. A ciclista fazia uma expedição com amigos com destino ao Alasca, e três dias depois do acidente faleceu no hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.

De acordo com Josivan Ferreira, a STTU passou em torno de 15 a 20 dias fiscalizando a ponte após o acidente, mas a vigilância, eventualmente, cessou.

Apesar das incidências de invasões terem diminuído, elas ainda acontecem. Na época, o secretário-adjunto da STTU, Walter Pedro, admitiu que não seria possível manter agentes fixos o tempo todo no local, mas que a Prefeitura de Natal buscaria implantar um formato de maior eficiência de fiscalização para auxiliar o Governo do Estado.

Por Boni Neto
Via Na Ficha da Polícia RN https://ift.tt/2pFbs82

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