Barroso manda PF ser discreta sobre prisão de pessoas ligadas a Temer

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, mandou a Polícia Federal conduzir “com discrição” a operação que prendeu temporariamente, nesta quinta-feira (29/3), o empresário e advogado José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer. Ao assinar a medida, o ministro exigiu que os agentes evitassem “a desnecessária exposição dos investigados e das testemunhas”.

Outras pessoas também foram presas. Todos são investigados por suspeitas de irregularidades na edição de decreto relacionado ao funcionamento dos portos. Barroso é relator do inquérito no STF.

Recentemente, dois membros da corte, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, criticaram a exposição indevida provocada pela PF e o Ministério Público Federal ao conversarem com a imprensa sobre ações em investigações autorizadas pelo Judiciário. Para eles, os policiais federais e delegados deveriam ser proibidos de dar entrevistas à imprensa após o cumprimento de diligências em operações de investigação.

Na avaliação dos ministros, a narrativa da PF e do MP divulgada pelos meios de comunicação expõe indevidamente os envolvidos, violando o direito ao contraditório, a ampla defesa e a presunção da inocência. “A PF não determina a prisão, só executa”, afirmou. Toffoli defende que o juiz pode determinar veto do tipo. “Esse poder está na mão do juiz, é nossa responsabilidade”, acrescentou.

Leia a decisão no Conjur clicando aqui com (os nomes foram suprimidos).



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