Amarn tenta administrar crise; presidente da entidade silencia

por Dinarte Assunção

Em meio à crise em que foi lançada, a magistratura potiguar prepara uma estratégia através da qual vai se defender.

O assunto do pagamento retroativo a juízes já tinha ganhado ares de polêmica, mas atingiu ponto de cataclisma quando o presidente da Associação de Magistrados do RN, Herval Sampaio, concedeu entrevista ao RNTV 1ª edição nessa segunda-feira.

A suas considerações, se seguiu um editorial no rosto da jornalista Emily Virgílio.

Os argumentos se ancoraram na oposição entre legalidade e moralidade e conseguiu efeito de catarse ao expor a subversão da simbologia da Justiça, com o arremate de que o pagamento retroativo ignorou a imparcialidade e foi tomado com o impulso da força. O comentário tem razão de ser.

Viralizou.

Conhecido pelo traquejo com que sabe lidar com a imprensa, Herval Sampaio foi surpreendido negativamente com o editorial, como não poderia deixar de ser.

Tombou sobre ele um silêncio. Procurado nesta terça-feira, afirmou que não dará entrevistas e vai reposicionar sua postura diante da imprensa.

Gerenciamento

A Nave Comunicação é quem está incumbida de administrar a crise de imagem que desferiu certeiro golpe na Amarn.

Minutos após ter sido eleito presidente da entidade, Herval me deu uma entrevista em que afirmava que uma de suas frentes seria resgatar a imagem dos juízes, alvejada, segundo os argumentos que me disse naquele dia, por campanhas pontuais que buscavam enfraquecer o Judiciário.

Agora, a Amarn pretende mostrar como a magistratura é importante para a sociedade.

Inegável que sim. Sintonizar-se ainda mais com essa sociedade, no entanto, faz-se necessário. Sobre o assunto, a Amarn deverá emitir nota.

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