Proteste levantou informações de 11 marcas de cerveja do tipo Pilsen: teste que avaliou teor alcoólico e acidez foi positivo; confira como saiu a sua favorita

Foto: Ilustrativa

A paixão do brasileiro pela cerveja faz entender porque o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção da bebida: são produzidos cerca de 12,4 bilhões de litros de cerveja ao ano no país. Sabendo sua alta popularidade, a Proteste- Associação de Consumidores, avaliou a paridade entre a informação dos rótulos e as características de 11 marcas de cerveja do tipo Pilsen, comercializadas em lata de 350 ml. Os resultados foram positivos em todas as marcas avaliadas — Skol, Brahma, Itaipava, Antarctica, Schin, Bohemia, Bavaria, Heineken, Stella Artois, Budweiser e Proibida.

Um dos itens avaliados foi o teor real de álcool comparando com a indicação constante no rótulo. Para as Lager e Pilsen, geralmente, esse nível varia entre 1,5 a 5% vol., o que foi confirmado nos testes. Todos os produtos também apresentaram quantidades iguais ou muito próximas daquelas que indicavam no rótulo, atendendo a legislação, que permite uma variação de +0,5% vol. no conteúdo alcoólico.

Também não foram encontrados problemas em relação a composição, tecnicamente o extrato primitivo do mosto (quantidade de substâncias, com exceção da água, que deu origem à cerveja). Embora a legislação não defina a Pilsen, a associação acredita que ela deva fazer parte da categoria “cervejas comuns”, cujo extrato primitivo deve variar entre 10,5% a 12,5% do peso líquido. Todas as marcas testadas atenderam a esse critério e apresentaram classificação semelhante sem ultrapassar 11,63%.

A acidez (pH) das bebidas também foi avaliada, já que a mesma pode influenciar no sabor. Apesar de não constar na legislação, os níveis foram comparados a estudos de outros países e nenhuma marca apresentou qualquer problema.

As marcas avaliadas também atendem aos parâmetros de cor e volume de ar na embalagem. A associação esclarece que maiores quantidades de oxigênio na lata favorece a oxidação do produto, o que pode levar a alteração do sabor e do aroma da bebida, e que as empresas com um bom sistema de enchimento conseguem quantidades inferiores a 0,5 ml de ar por cada recipiente. As marcas testadas surpreenderam com resultados entre 0,06ml e 0,09 ml, ressalta a Proteste.

Produtos possuem pouco sódio

Apesar do sal ser um fator de risco para doenças vasculares, o baixo índice da substância em cervejas pode apontar o uso de água desmineralizada, o que não é bom, ressalta a Proteste. A melhor opção é que bebidas contenham um teor mínimo de 15mg/l.Nesse quesito, as amostras se saíram bem, variando de 24,83 a 133mg/l.

O estudo avaliou ainda, de acordo com os parâmetros da OMS, se o percentual de sódio estava de acordo com o consumo diário recomendado para um adulto (2.400 mg). Foi considerado que 120mg (5% do valor diário recomendado) deveria ser o máximo de sódio presente por lata. Todas as cervejas analisadas cumpriram esse critério, obtendo resultados satisfatórios.

No que diz respeito aos rótulos das latas, estes foram analisados quanto à clareza das informações, assim como pede o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e, todas as latas continham as informações obrigatórias. A data de fabricação foi encontrada apenas na cerveja Budweiser e os dados nutricionais, na Bavaria e na Heineken. Apesar de não ser obrigatório por lei, a Proteste cita essas informações como importantes na hora da escolha do consumidor.

Outro ponto que a Proteste considera essencial é o alerta sobre o cuidado na ingestão da bebida alcoólica por gestantes e motoristas. Apesar dos rótulos informarem a idade mínima e a recomendação de moderação para o consumo, a maioria dos produtos – as exceções são a Bavaria e a Heineken – não alerta as gestantes e os motoristas sobre os riscos no consumo.

A associação ainda procurou identificar a presença de organismos geneticamente modificados (OGMs) e mediu a quantidade de nitrosaminas (que podem ser produzidas durante o processo de maltagem e pode causar câncer). E a boa notícia é que os valores de nitrosaminas encontrados não colocam em risco a saúde do consumidor e todas as cervejas estão livres de OGMs.

Para terminar, foi analisado o volume de gás carbônico, responsável pela espuma da cerveja e pela sensação de saciedade. As amostras apresentaram quantidade mediana do gás. A análise, porém, é subjetiva e por isso não contou pontos para a avaliação final.

Preços e disponibilidade

Os preços foram coletados em janeiro de 2018, nas capitais de MG, PE, RJ (incluindo Niterói), RS, SC e SP (Campinas). Vale destacar que, as marcas Bavaria e Nova Schin, apresentaram o menor preço em quase todas as regiões pesquisadas (com exceção da região do RS), enquanto que Heineken e Stella Artois tiveram os maiores preços em todas as regiões pesquisadas.

Com relação à disponibilidade, os produtos estiveram presentes em 95% das regiões pesquisadas. O destaque ficou por conta da Itaipava, que esteve presente em todas as regiões pesquisadas com preços razoáveis.

Consultadas, as cervejarias ainda não se manifestaram sobre o teste.

O Globo

 



source https://www.blogdobg.com.br/proteste-levantou-informacoes-de-11-marcas-de-cerveja-do-tipo-pilsen-teste-que-avaliou-teor-alcoolico-e-acidez-foi-positivo-confira-como-saiu-a-sua-favorita/

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