Túnel de drenagem ‘soterra’ promessas, consome quase R$ 100 milhões e não é entregue quatro anos após a Copa
por Dinarte Assunção

Obras começaram em 2013
Quatro anos após a Copa do Mundo, o legado prometido à cidade ainda não saiu do papel e esbarrou na falta da burocracia é marca do serviço público no Brasil.
Se por um lado as intervenções de mobilidade precisaram de adequação de última hora em seus projetos e saíram do papel às pressas, vide o complexo viário no entorno da Arena das Dunas, o equipamento prometido para solucionar diversos alagamentos na cidade, o túnel de drenagem, está soterrado sob os escombros da ineficiência, mas vieram à luz da lembrança por ocasião do desabamento de trecho de obra semelhante na Avenida Prudente de Morais.
Orçado em R$ 143 milhões e já tendo consumido R$ 97 milhões, o túnel de drenagem que tem 4,7 quilômetros de extensão e que levaria águas chuva até o rio Potengi, foi pensado para solucionar de vez os alagamentos nas zonas lestes, sul e oeste de Natal.
A obra foi paralisada depois que um morador do Bom Pastor alegou impacto ambiental. O Idema cassou a licença da obra e exige novos estudos. Nesse meio tempo, os custos foram atualizados em R$ 11 milhões. “E é um dinheiro que caberá à prefeitura pagar, e não há dinheiro”, explicou o secretário de Obras, Tomaz Neto.
Apesar da prefeitura alegar que os entraves são meramente burocráticos, a implicação da Queiroz Galvão na Lava Jato também guarda relação com a demora. Enfraquecida pelas investigações, ela chegou a ameaçar paralisar a obra argumentando dificuldades financeiras e que os reajustes necessários não estavam sendo pagos. Além disso, reclamou do jet grounting, um assunto cuja dimensão do que significa está exposta na sequência de matérias sobre o assunto.
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