Após 4 anos da Copa do Brasil, obra de drenagem em Natal permanece inacabada

Túnel de drenagem
No ano de 2014, Natal foi uma das cidades sede da Copa do Mundo de Futebol e diversas obras foram planejadas para garantir maior comodidade aos moradores, torcidas e participantes do evento. O projeto de macrodrenagem no entorno do estádio Arena das Dunas está parada com 80% da obra concluída.

Segundo Tomaz Neto, secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semov), foram diversos os obstáculos enfrentados durante os últimos anos. O processo de conclusão da obra teve que ser paralisado várias vezes por razões burocráticas e por falta de envio de verbas.

O plano de drenagem tem uma extensão total de 4,7 km, e interliga as lagoas do Centro Administrativo. “O desague final seria no Rio Potengi e a obra concluída poderia eliminar 33 pontos de alagamentos ao longo do túnel, contemplando diversos bairros da Zona Oeste”, diz o secretário.

Segundo Tomaz, faltam apenas 820 m para a conclusão da obra, que está parada há cerca de 1 ano e seis meses devido a problemas eminentes durante sua execução.

O secretário conta, por exemplo, que surgiu uma dificuldade relacionada ao aparecimento de areia no túnel junto com a água. Para solucionar, a obra teve que ser paralisada e medidas pensadas para sanar a problemática, sem que o meio ambiente fosse atingido de forma agressiva. Apenas esse simples processo demorou meses.

Outro problema citado por Tomaz envolve o questionamento de um morador de um dos bairros beneficiados pela obra. A preocupação envolvia o ponto final de desague do túnel, o Rio Potengi, e os efeitos causados na vegetação nativa da região. A obra foi paralisada e alternativas foram estudadas e apresentadas com objetivo de sanar o problema e causar o mínimo impacto possível no meio ambiente.

“Na época que o MPRN embargou a licença existente, automaticamente suspendeu a execução da obra. Já faz um ano e seis meses que isso aconteceu. E foi algo que partiu de uma pessoa completamente leiga, mas é algo que serve para se manter o controle e a gente precisa obedecer as recomendações”, diz Tomaz.

Com os estudos apresentados ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente(Idema) e uma reunião marcada para esta terça-feira, 19, no Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte, o secretário acredita que a obra deverá ser liberada e por fim será concluída.

No final de maio, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, esteve em Natal com o objetivo de assinar termos aditivos para o investimento na conclusão da obra, solucionando, assim, os problemas com a verba. Cerca de R$ 21, 6 milhões foram liberados. Segundo Tomaz Neto, este dinheiro ainda não chegou nas mãos do município, justamente pela obra estar paralisada. “Se tudo caminhar bem, será recebida a licença renovada e aí sim a obra poderá ser retomada”, conclui.

O secretário conta que houve um custo adicional na obra no valor de R$ 9 milhões, devido ao contrato mantido com a empresa responsável pelas obras durante o tempo de serviço paralisado. Mesmo com o “imprevisto”, Tomaz se mantem confiante e acredita que a decisão de terça-feira irá definir o retorno da conclusão das obras. Assim, 4 anos após seu início, o natalense poderá vislumbrar um dos legados da Copa de 2014.

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