Famílias improvisam moradias sob o viaduto de acesso à ponte Newton Navarro
Há quatro meses, o carroceiro João Maria Medeiros, 57 anos, deixou a casa onde morava, no bairro de Santos Reis, por não ter como arcar com o aluguel de R$ 250. Para ele, o viaduto foi a única solução de moradia, principalmente, por ter área para deixar cavalo e carroça. “Aqui faz muito frio à noite. Não temos água tratada e energia elétrica. Quando precisamos tomar banho ou fazer as necessidades, temos que ir à praia”, lamentou.
O morador mais antigo é o catador de material reciclável, Gustavo Fernandes, 33 anos, que divide o outro lado do viaduto. Desempregado, deixou a cidade de São Paulo do Potengi para tentar sobreviver em Natal. Não conseguiu trabalho. Há sete meses, ele vive com a mulher em um espaço de quase 10 metros, onde usa guarda-roupa para ofuscar as luzes dos carros que trafegam pelo local. “Não vou dizer que morar aqui é bom. Mas, não tenho para onde ir. O que ganho na coleta pelas ruas só dar mesmo para comer. Vou tentando escapar como posso. Não tenho nada. Se um ladrão chegar aqui só vai ter minha vida para roubar”.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Habitação Social, Regularização Fundiária (Seharpe), Carlson Geraldo Correia Gomes, a prefeitura está ciente da ocupação e no próximo dia 9 pretende discutir o caso no conselho municipal de habitação. “Além disso, a Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social também já foram comunicadas. Vamos estudar possibilidades para que as providências sejam tomadas em breve”, afirmou.
Por Wagner Guerra Via Na Ficha da Polícia RN https://ift.tt/2pFbs82
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