ADOLESCENTE DIZ TER VIOLENTADO MENINO DE QUATRO ANOS NO RN POR TRAUMA

Criança morreu nesta quarta-feira após ter sido espancada e violentada sexualmente. Padastro de 16 anos é o principal suspeito e está apreendido em unidade educacional.
Foto/Reprodução
“Ele descontou um trauma de infância no meu filho e quero que pague pelo que fez”. Essas são as palavras da mãe do menino de 4 anos que morreu após ser espancado e violentado sexualmente pelo padrasto, um adolescente de 16 anos. Ainda no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel acompanhando a filha de 2 anos, a mulher de 21 anos conversou com a equipe de reportagem da TV Ponta Negra, emissora do Sistema Opinião, na manhã desta quinta-feira.
Ela disse que a filha de 2 anos não foi violentada sexualmente nem agredida fisicamente pelo adolescente, namorado dela. Segundo a mãe, a menina teve um problema de saúde, estava com a glicemia alta, foi atendida ainda no município onde mora na Região Agreste do Rio Grande do Norte e encaminhada para o Hospital infantil Maria Alice Fernandes em Natal.
Ela relatou que precisou ficar 14 dias na capital do estado acompanhando o tratamento da filha e teve que deixar o menino de 4 anos com uma amiga. De acordo com o relato da mãe, depois o menino ficou sozinho com o companheiro dela, o adolescente de 16 anos. Ela contou que o companheiro, com quem estava morando havia cerca de seis meses, admitiu ter agredido e violentado o filho dela e disse que fez isso por trauma de infância, porque foi agredido e estuprado pelo pai quando era criança.
“Espero que ele pague pelo que fez, não tenho culpa, quero participar do enterro e estão me negando isso”, relatou a mãe. Parentes do pai do menino afirmaram que o sepultamento será as 17h na cidade de Monte Alegre, Região Metropolitana de Natal. A mãe da criança contou também que estava separada do pai do menino havia mais de dois anos. A equipe do serviço social do Hospital Walfredo Gurgel recomendou que a mãe não fosse ao enterro por questão de segurança, mas que a decisão ficará com ela.
A delegada Dulcinéia Maria, titular da Delegacia Especial de Defesa Criança e Adolescente (DCA), que investiga o caso, disse que o depoimento da mãe será muito importante para investigação. A mãe das crianças ainda será ouvida. A delegada também afirmou que não há indícios de que a menina de 2 anos tenha sido agredida física e sexualmente, mas ainda aguarda os laudos.
A menina de dois anos estava internada no Maria Alice Fernandes e semana passada foi transferida para a pediatria do Hospital Walfredo Gurgel. No fim de semana, o irmão de 4 anos também deu entrada na unidade hospitalar com marcas de agressão física e sexual. Nesta terça-feira, a equipe médica do hospital decretou morte cerebral da criança, após uma série de complicações no quadro. O padastro de 16 anos é o principal suspeito. Ele foi apreendido na noite de segunda-feira, ouvido pela DCA e encaminhando para um Centro Educacional em Natal.

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