ACUSADA DE MATAR PAI ENVENENADO NO RN GANHA LIBERDADE
Fernanda Danyele de Oliveira Rocha, de 27 anos, estava presa preventivamente no Centro de Detenção Provisória Feminino de Emaús
Mulher acusada de matar pai envenenado dentro de UTI é liberada em Natal Foto: Reprodução/TV Ponta Negra |
A mulher acusada de matar o próprio pai envenenado dentro de uma UTI em Natal foi liberada por conta de uma decisão do juiz José Armando Ponte Dias Júnior, da 3ª Vara Criminal da capital potiguar. Fernanda Danyele de Oliveira Rocha, de 27 anos, estava presa preventivamente no Centro de Detenção Provisória Feminino de Emaús, Região Metropolitana de Natal. Ela é acusada de aplicar uma injeção contendo carrapaticida no pai, que estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital Giselda Trigueiro.
Em depoimento, a mulher alegou ter administrado o veneno na intenção de aliviar o sofrimento do pai, José Evangelista da Rocha, 60 anos, que estava internado em estado grave por conta de complicações provocada pelo vírus HIV. No despacho que determinou a soltura de Fernanda, o magistrado alega que a acusada tem um filho menor de idade e poderia responder pelo processo em liberdade.
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A decisão, publicada na segunda-feira (4), sustenta ainda que a ré não tem histórico criminal e provou ter residência fixa. Ela estava presa desde o dia 16 de janeiro, um dia após a morte do pai. A família de Fernanda preferiu não comentar o caso.
Comportamento estranho da filha chamou a atenção
A morte de José Evangelista foi provocada pela aplicação de um veneno para carrapatos no dia 15 de janeiro. Após injetar a substância no pai, Fernanda chamou os médicos avisando que ele estava passando mal, mas os profissionais da UTI estranharam o comportamento dela, que começou a lavar as mãos de forma incessante e mexer na lixeira do setor. Além disso, um cheiro forte levantou a suspeita de que a vítima tivesse sido envenenada. O frasco do veneno e seringas usadas na administração foram encontradas no lixo da UTI pouco depois.
Fernanda foi autuada por homicídio doloso (quando há intenção de matar). De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Roberto Andrade, a mulher confessou o crime e decidiu agir dessa forma para “poupar” a vida do pai.
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