Que tipo de ex é você?
Tive alguns relacionamentos mais longos. Alguns ex viraram meus amigos e outros preferi que saíssem definitivamente da minha vida. Não sou o tipo que sai falando, fazendo comentários. Acabou, acabou. Ponto final. Nunca procurei saber com quem eles se relacionavam ou como era o novo relacionamento. Nada disso.
Muita gente vinha tentar me contar, quando terminei o casamento, sobre a nova esposa do ex marido. E eu nunca quis saber. De coração, não me interessava. Desejo que seja feliz e ponto. Não me diz respeito. A nova mulher da vida dele não tem absolutamente nada à ver com o passado dele e ponto final.
Dos que fiquei amiga, quando percebia que alguma atual não gostava da aproximação, eu recuava. Colocava-me no lugar da outra pessoa, tentava entender como ela poderia se sentir e ponto final. Vida que segue.
Mas notei que nem todo mundo age assim. Recentemente, por exemplo, a ex namorada de uma pessoa próxima a mim descobriu que ele está namorando. À título de informação, a relação foi curta, eles não tem filhos, ela tem mais de 50 anos (o que a tornaria mais madura, em teoria) e a relação terminou há algum tempo.
Então, as ligações e mensagens começaram: “eu quero conversar com você”; “sua namorada tem que me aturar porque eu cheguei primeiro na sua vida”; “você tem que me atender quando eu quiser. Ela é só uma namoradinha e eu fui casada com você”… Como se fosse uma competição. Quando o rapaz cortou o contato, começaram as provocações e mensagens na redes sociais, as ofensas a pessoa que ela nunca viu pessoalmente, a tentativa de reaproximação dos amigos dele… Uma tentativa desesperada de destruir algo do qual ela não faz parte.
Conheço muitos casos assim. E ficam ainda piores quando envolvem crianças. Pais e mães que, ao verem o ex com outra pessoa, começam a jogar a criança contra o outro e contra a nova pessoa na vida do ex parceiro; dificultam as visitas; criam brigas desnecessárias.
Mas, o que causa isso?
Muita gente tem grande dificuldade de seguir em frente e mascara isso: farra, bebidas e outras drogas, viagens, troca exagerada de parceiros… Uma busca frenética por fugir e não pensar no que sente, não lidar com tantas mudanças. Nunca funciona por muito tempo.
Mas, quando percebe que o outro seguiu, precisa confrontar a triste realidade de que não superou o passado e que é hora de enfrentá-lo. Muita gente desaba de tristeza, outras pessoas se tornam agressivas e frias; algumas procuram culpados do lado de fora, como aquelas que citei acima.
A forma como você reage não diz nada sobre o outro, mas, diz muito sobre você. Pare de buscar fora a solução para seus problemas. A causa e a cura estão dentro de você e somente ali. Não existem outros culpados.
Se tem alguma coisa para resolver, se ficou algo em aberto com seu ex parceiro, resolva diretamente com ele. Foram vocês dois os responsáveis e únicos participantes da relação e ninguém além de vocês deve ser envolvidos nisso. Pare de expor as pessoas, de descarregar sua raiva e frustração em alguém que nada tem à ver com você.
Se quer se “vingar” de quem te machucou, se cure e seja genuinamente feliz. Não crie karma para você machucando outras pessoas. Deixe que o Universo e a Lei do Retorno se encarreguem de tudo. A felicidade é uma escolha!
Muito obrigada!
Namastê
Kássia Luana
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
CONTI OUTRA
source http://www.diariopotiguar.com.br/2019/11/que-tipo-de-ex-e-voce.html
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